sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Proposta 03


Texto 01

Quando o Brasil apareceu na ordem do dia para o mundo sendo anunciado como sede de uma conferência internacional sobre o meio ambiente, a Rio 92, teve quem torcesse o nariz para nós, como que dizendo “pô, que moral esses caras têm para falar em defesa do meio ambiente?” É que os projetos minerais, a baía de Guanabara poluída, a Amazônia sendo devastada, Cubatão, o rio Tietê, os emissários de esgoto, enfim, tinha um monte de coisa que era um tiro no pé.

Mas o evento aconteceu e os países participantes, ou a maioria deles, acabou se comprometendo a diminuir os ataques à camada de ozônio e deixar nosso pobre planeta respirar um pouco melhor. Grandes potências como Estados Unidos e China, entretanto, continuaram sendo os maiores vilões nessa história de fazer um “fumacê” do mal.

Nesse tempo todo, vira e mexe aparece um cientista ou um ambientalista mais realista e dispara alertas no sentido de que as mudanças climáticas provocadas pela ação criminosa do homem sobre o meio ambiente. Coisas do tipo derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, cidades ameaçadas, coisas que são bem melhor exploradas pela indústria cinematográfica.

Só que as imagens e efeitos de computador das telonas passaram a ser vistas também nos canais de notícias do mundo inteiro, nos jornais, em sites de notícia e nas filmadoras amadoras de personagens de grandes catástrofes mundiais, como terremotos, furacões, ciclones, deslizamentos de encostas por aqui, um soterramento acolá, passando por chuvas demais ou estiagem prolongada.

Agora o mais novo capítulo teve como locação o querido Japão, um país lindo, rico e carismático. Parte de seu território foi varrido ontem por um tsunami no Oceano Pacífico, causado por um poderoso terremoto, que está entre os seis mais fortes da história. Mas será que foi apenas um fenômeno natural? O homem não teve participação nenhuma neste sinistro? Tenho minhas dúvidas. (...)

http://amapaempaz.blogspot.com/2011/03/resposta-da-natureza.html.

Acesso em:14.03.2011

Texto 02

Catástrofes pelo mundo, a resposta da natureza

[ Farid Houssein ] Músico e Escritor. Formado em Fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba.

Diz uma música do Benito di Paula: ... eu bem disse outro dia, violão não se empresta a ninguém... Você emprestou seu violão a um amigo e, ele, voltou sem uma ou duas cordas e com o tampo todo riscado. Emprestou, também, um livro (que acabou de ser lançado e só você tem) a um outro amigo e, este, voltou com manchas de dedos de criança e as pontas das páginas todas dobradas (foi para marcar a página lida). Você, obviamente, fica espantado e irritado com a falta de cuidado, os estragos e a desconsideração que seus amigos tiveram com seu ato: o de emprestar coisas suas de grande valor. Ao desabafar disse, em alto e bom som – não haverá próxima vez, penso até em romper essas amizades!

Assim foi com o nosso querido planeta – a Terra – que, resolveu um dia, emprestar seu corpo para dele usufruirmos e vivermos em paz, harmonia e respeito. Desde o dia em que aqui aportamos, temos arranhado sua pele e dobrado seus ossos com toda a força da nossa indiferença. Ao tomarmos o que nos foi emprestado – novinho em folha – começamos a usar, sem medir o tamanho do estrago e suas consequências. Temos, ao longo dos anos, degradado esse Patrimônio Divino e, sem um pingo de remorso, continuamos nossa saga de destruição: rios para nadar, viram córregos, filetes d’água; florestas para bichos e pássaros viverem, transformamos em mesas e cadeiras... Aliás, os bichos e pássaros vieram atrás de suas moradas e, estão na cidade, vivendo em nossas casas, em forros de igrejas e antenas de TV. “Olha que bonitinho aquele casal de araras lá em cima no fio”.

Terra para morar, terra para receber e escoar a água da chuva. Água para beber, para viver, para limpar. Limpar nossos corpos e almas, nossas mãos, nossa sujeira. Sujeira da nossa atitude grosseira de jogar papel de bala e maço de cigarro no chão; sujeira que a tromba d’água deixa quando passa. Passa a vida sem ação, passa o tempo sem resolução do caos que tão bem organizamos com nossos machados, serras elétricas, venenos e fumaça. Queremos o mar repleto de peixes, mas os matamos (os dois) com esgoto. Queremos ar limpo para respirar, mas o poluímos com dióxido de carbono. Queremos ação imediata dos nossos governantes mas, atiramos plástico e vidro nos nossos bueiros.

Falamos muito em salvar a Terra para nossos filhos e, eu pergunto: que tipo de filhos estamos criando para nosso Planeta? Estamos conseguindo, de verdade, ensinar as nossas crianças o respeito à Natureza? Morreremos de sede se um dia acabar a água da Terra. No entanto, morrerá primeiro aquele que descobrir que não poderá mais lavar sua calçada!

Por causa dessas verdades, não me espanto com a chuvarada que cai em nosso querido Brasil, causando tantos estragos, lamentações, transtornos, prejuízos, decepções, sofrimento, gente desalojada, objetos (dos mais valiosos) perdidos. As chuvas de janeiro, a seca de junho a setembro, um tufão aqui, um terremoto ali, incêndios descontrolados, são, somente, a resposta da Natureza por tanto desatino e insanidade, em busca do poder. Ela, emprestou seu colo para nos agasalhar e acalentar, para nos dar a vida. Nós, devolvemos ingratidão. A desproporcionalidade da revolta da natureza está ligada, diretamente, à nossa arrogância em achar que poderíamos, para todo o sempre, arranhar o tampo do violão e dobrar as pontas das páginas do livro.

A Terra, nosso lar, não é, absolutamente, nossa propriedade. Eu penso que a Natureza, coração da Terra, está seriamente pensando em acabar com essa amizade, entretanto, reluta, reconsidera, devido ao grande amor que tem por nós! Diz uma música do MPB4: ... todo amor um dia chega ao fim...

Tema

Com base na leitura dos textos acima, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA: AINDA É POSSÍVEL SALVAR O PLANETA!

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação. Depois de selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados em defesa de seu ponto de vista, elabore uma proposta de ação social e ecológica a fim de minimizar os problema ambientais no Brasil e no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário