sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Proposta 04

Leia os textos abaixo, em seguida, analise a proposta de produção textual.

Texto 01

Catástrofe no Rio: Defesa Civil já conta 665 mortos

O total de mortes em consequência das chuvas e deslizamentos que atingiram a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro é de 665 pessoas, segundo boletim divulgado às 19h25 de hoje pela Secretaria Estadual da Saúde e da Defesa Civil. As enchentes e os deslizamentos provocados pelas chuvas deixaram mais de 13,830 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas.

O município de Nova Friburgo concentra o maior número de mortes, com 312 pessoas, enquanto outras 3.220 estão desalojadas e 1.970 desabrigadas. Em Teresópolis, o total de mortos chega a 276 pessoas, com outras 960 desalojadas e 1.280 desabrigadas. O município de Petrópolis registra o maior número de desalojados (3.600 pessoas) e desabrigados (2.800 pessoas), com 58 mortes. Em Sumidouro, outras 19 pessoas morreram em razão das chuvas.

Desabrigados

As pessoas que estão abrigadas no ginásio poliesportivo Pedro Jahara, em Teresópolis, serão transferidos ainda hoje para os abrigos da cidade. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, os desabrigados serão encaminhados para áreas próximas as suas residências.

O município tem 26 abrigos, 21 na zona urbana e cinco na zona rural. A prefeitura já cadastrou três mil desabrigados que vão para um dos abrigos ou para casa de parentes e amigos. No ginásio continuará sendo feito o cadastro das pessoas desabrigadas e armazenamento de doações.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,catastrofe-no-rio-defesa-civil-ja-conta-665-mortos,667473,0.htm. Acesso no dia 14.03.11.

Texto 02

Desabrigados e perigo de deslizamentos com as chuvas

Aproximadamente 79 municípios foram atingidos pelas chuvas de quarta-feira (19) para quinta. Segundo a Funceme, a maior precipitação foi registrada em Amontada, na região norte: 139 milímetros.

Em aquiraz, na região metropolitana, foram 107 milímetros. Já no município Pentecoste choveu 76 milímetros. Os dados da chuva em Fortaleza ainda não foram divulgados.

Desabrigados

Mesmo sem números definidos, o fortalezense sabe que choveu muito. O suficiente para deixar ruas alagadas e famílias desabrigadas, sem alternativa para onde ir.

Numa dessas comunidades, a Che Guevara, a água acumulada inundou algumas casas e um colégio.

Deslizamentos

O morro Santa Terezinha está entre as 10 comunidades onde a Defesa Civil dá mais atenção. Isso porque a ocupação vertical desordenada faz aumentar o perigo de deslizamentos.

No Vicente Pinzon, o atraso nas obras da rua Aristides Barcelos trouxe consequências piores da chuva.

A água em execesso só teve um destino: a casa dos moradores. Força que nem proteções de cimento são capazes de conter.

http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=310025&modulo=178. Acesso em 14.03.2011

Texto 03

Moradia: direito à dignidade

“Nos barracos da cidade, ninguém mais tem ilusão. No poder da autoridade de tomar a decisão”. A música de Gilberto Gil retrata a realidade de pessoas que não têm acesso à moradia digna. Esse direito já estava previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, desde 1948. No Brasil, foi preciso tempo e luta para incluí-lo no artigo 6º da Constituição. Somente em 2000, por meio de uma emenda, a habitação adequada tornou-se direito do cidadão. Mas, afinal, o que é moradia digna?

Moradia digna não é apenas ter uma casa para morar. A população também deve contar com infra-estrutura básica (água, esgoto e coleta de lixo) para ter habitação de qualidade – que é um dos componentes do padrão de vida “digno”. No entanto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2000, eram aproximadamente 41,8 milhões de pessoas carentes desses serviços em casa. E ainda, quase dois milhões de domicílios localizavam-se nas favelas.

No Brasil, o Ministério das Cidades conta com a Secretaria Nacional de Programas Urbanos para planejar e implantar políticas urbanas e habitacionais. Raquel Rolnik, responsável pelo órgão, explica que não é apenas o Governo que deve ter responsabilidade com a questão. “Esse direito tem que ser um compromisso também da sociedade para garantir moradia adequada a todos”. Para Raquel, um dos elementos principais para sair da teoria para a prática é assegurar o acesso à terra urbanizada e bem localizada. “Para isso, é necessário subsídio e financiamento porque o custo de moradia é alto e a renda das pessoas é baixa”.

Nesse contexto, a renda é a principal causa das desigualdades da moradia no Brasil. De acordo com o IBGE, 83% das pessoas que não têm casas ou que moram em condições precárias, possuem renda familiar mensal de até três salários mínimos. Patrícia Cardoso, advogada do Núcleo de Direito das Cidades do Instituto Pólis (ONG voltada a estudos de políticas públicas para a cidadania) diz que quem tem habitação de qualidade são os que “pagam por esse direito”. E complementa: “Quem não tem acesso à renda e uma moradia digna passa a ser marginalizado na cidade. Nessas regiões periféricas, o Estado não chega e as pessoas têm que construir suas casas sozinhas”.

Entretanto, o Governo brasileiro não tem recursos suficientes nem para construir casas nem para solucionar todos os problemas da falta de infra-estrutura. “Esse ano foram investidos R$ 10 bilhões em financiamentos e subsídios para moradia”, afirma Raquel Rolnik. Mas, ela declara que o dinheiro ainda é pouco: “Precisamos de muito mais recursos para atingir todo o déficit. Mais de 7 milhões de casas precisam ser construídas”. Já Patrícia Cardoso pressiona ainda mais: “Esses recursos são como uma esmola que o Governo Federal oferece para a área social”.

Em meio aos problemas da habitação brasileira, o País ainda vive uma contradição: faltam ser construídas 7 milhões de moradias (déficit habitacional) para que todos os brasileiros tenham onde morar, enquanto 5 milhões de casas estão vazias. A deficiência nesse setor proporciona o surgimento de organizações como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que fazem ocupações nos espaços considerados “abandonados”.

Para Wanderley Gomes, tesoureiro da Facesp (Federação das Associações de Moradores do Estado de São Paulo), embora a atuação dessas entidades ligadas aos movimentos sociais gere polêmica, a luta pelo direito à moradia digna é legítima. “As residências ou prédios precisam cumprir o papel social regulamentado pelo artigo 183 da Constituição. Essas ações fazem parte de um processo democrático para garantir o direito à habitação às famílias carentes”.

A desigualdade da moradia no Brasil parece que ainda vai levar muito tempo. “Esse não é um problema que se resolve rápido. Não é apenas falta de dinheiro, demanda políticas públicas”, explica Gomes. Para Patrícia Cardoso, é uma questão de participação direta da sociedade na gestão governamental. “Tanto na gestão de recursos quanto na formulação de políticas para a habitação.”

Márcia Correia

Tema

Com base na leitura dos textos acima, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: MORADIA: DIREITO À DIGNIDADE.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação. Depois de selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados em defesa de seu ponto de vista, elabore uma proposta de ação social a fim de minimizar o problema da falta de moradia digna no país.

Proposta 03


Texto 01

Quando o Brasil apareceu na ordem do dia para o mundo sendo anunciado como sede de uma conferência internacional sobre o meio ambiente, a Rio 92, teve quem torcesse o nariz para nós, como que dizendo “pô, que moral esses caras têm para falar em defesa do meio ambiente?” É que os projetos minerais, a baía de Guanabara poluída, a Amazônia sendo devastada, Cubatão, o rio Tietê, os emissários de esgoto, enfim, tinha um monte de coisa que era um tiro no pé.

Mas o evento aconteceu e os países participantes, ou a maioria deles, acabou se comprometendo a diminuir os ataques à camada de ozônio e deixar nosso pobre planeta respirar um pouco melhor. Grandes potências como Estados Unidos e China, entretanto, continuaram sendo os maiores vilões nessa história de fazer um “fumacê” do mal.

Nesse tempo todo, vira e mexe aparece um cientista ou um ambientalista mais realista e dispara alertas no sentido de que as mudanças climáticas provocadas pela ação criminosa do homem sobre o meio ambiente. Coisas do tipo derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, cidades ameaçadas, coisas que são bem melhor exploradas pela indústria cinematográfica.

Só que as imagens e efeitos de computador das telonas passaram a ser vistas também nos canais de notícias do mundo inteiro, nos jornais, em sites de notícia e nas filmadoras amadoras de personagens de grandes catástrofes mundiais, como terremotos, furacões, ciclones, deslizamentos de encostas por aqui, um soterramento acolá, passando por chuvas demais ou estiagem prolongada.

Agora o mais novo capítulo teve como locação o querido Japão, um país lindo, rico e carismático. Parte de seu território foi varrido ontem por um tsunami no Oceano Pacífico, causado por um poderoso terremoto, que está entre os seis mais fortes da história. Mas será que foi apenas um fenômeno natural? O homem não teve participação nenhuma neste sinistro? Tenho minhas dúvidas. (...)

http://amapaempaz.blogspot.com/2011/03/resposta-da-natureza.html.

Acesso em:14.03.2011

Texto 02

Catástrofes pelo mundo, a resposta da natureza

[ Farid Houssein ] Músico e Escritor. Formado em Fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba.

Diz uma música do Benito di Paula: ... eu bem disse outro dia, violão não se empresta a ninguém... Você emprestou seu violão a um amigo e, ele, voltou sem uma ou duas cordas e com o tampo todo riscado. Emprestou, também, um livro (que acabou de ser lançado e só você tem) a um outro amigo e, este, voltou com manchas de dedos de criança e as pontas das páginas todas dobradas (foi para marcar a página lida). Você, obviamente, fica espantado e irritado com a falta de cuidado, os estragos e a desconsideração que seus amigos tiveram com seu ato: o de emprestar coisas suas de grande valor. Ao desabafar disse, em alto e bom som – não haverá próxima vez, penso até em romper essas amizades!

Assim foi com o nosso querido planeta – a Terra – que, resolveu um dia, emprestar seu corpo para dele usufruirmos e vivermos em paz, harmonia e respeito. Desde o dia em que aqui aportamos, temos arranhado sua pele e dobrado seus ossos com toda a força da nossa indiferença. Ao tomarmos o que nos foi emprestado – novinho em folha – começamos a usar, sem medir o tamanho do estrago e suas consequências. Temos, ao longo dos anos, degradado esse Patrimônio Divino e, sem um pingo de remorso, continuamos nossa saga de destruição: rios para nadar, viram córregos, filetes d’água; florestas para bichos e pássaros viverem, transformamos em mesas e cadeiras... Aliás, os bichos e pássaros vieram atrás de suas moradas e, estão na cidade, vivendo em nossas casas, em forros de igrejas e antenas de TV. “Olha que bonitinho aquele casal de araras lá em cima no fio”.

Terra para morar, terra para receber e escoar a água da chuva. Água para beber, para viver, para limpar. Limpar nossos corpos e almas, nossas mãos, nossa sujeira. Sujeira da nossa atitude grosseira de jogar papel de bala e maço de cigarro no chão; sujeira que a tromba d’água deixa quando passa. Passa a vida sem ação, passa o tempo sem resolução do caos que tão bem organizamos com nossos machados, serras elétricas, venenos e fumaça. Queremos o mar repleto de peixes, mas os matamos (os dois) com esgoto. Queremos ar limpo para respirar, mas o poluímos com dióxido de carbono. Queremos ação imediata dos nossos governantes mas, atiramos plástico e vidro nos nossos bueiros.

Falamos muito em salvar a Terra para nossos filhos e, eu pergunto: que tipo de filhos estamos criando para nosso Planeta? Estamos conseguindo, de verdade, ensinar as nossas crianças o respeito à Natureza? Morreremos de sede se um dia acabar a água da Terra. No entanto, morrerá primeiro aquele que descobrir que não poderá mais lavar sua calçada!

Por causa dessas verdades, não me espanto com a chuvarada que cai em nosso querido Brasil, causando tantos estragos, lamentações, transtornos, prejuízos, decepções, sofrimento, gente desalojada, objetos (dos mais valiosos) perdidos. As chuvas de janeiro, a seca de junho a setembro, um tufão aqui, um terremoto ali, incêndios descontrolados, são, somente, a resposta da Natureza por tanto desatino e insanidade, em busca do poder. Ela, emprestou seu colo para nos agasalhar e acalentar, para nos dar a vida. Nós, devolvemos ingratidão. A desproporcionalidade da revolta da natureza está ligada, diretamente, à nossa arrogância em achar que poderíamos, para todo o sempre, arranhar o tampo do violão e dobrar as pontas das páginas do livro.

A Terra, nosso lar, não é, absolutamente, nossa propriedade. Eu penso que a Natureza, coração da Terra, está seriamente pensando em acabar com essa amizade, entretanto, reluta, reconsidera, devido ao grande amor que tem por nós! Diz uma música do MPB4: ... todo amor um dia chega ao fim...

Tema

Com base na leitura dos textos acima, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA: AINDA É POSSÍVEL SALVAR O PLANETA!

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação. Depois de selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados em defesa de seu ponto de vista, elabore uma proposta de ação social e ecológica a fim de minimizar os problema ambientais no Brasil e no mundo.

Proposta 02

Texto 01

Tocando em Frente

Almir Sater


Conhecer as manhas e as manhãs,

o sabor das massas e das maçãs,

É preciso o amor pra poder pulsar,

É preciso paz pra poder sorrir,

É preciso a chuva para florir.

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,

Um dia a gente chega, no outro vai embora.

Cada um de nós compõe a sua história, e cada ser em si,

carrega o dom de ser capaz e ser feliz.

Texto 02

O que é felicidade?

Por Sirlene Sabóia

Para muitos, a felicidade consiste em adquirir bens materiais, ter um trabalho bem-remunerado e ser reconhecido por seus talentos, possuir uma família harmoniosa e gozar de boa saúde. A pessoa acredita que, se conquistar tudo isso, é o suficiente para encontrar a felicidade.

Outro paradoxo são as pessoas que sempre querem ganhar muito dinheiro, acreditando que com isso alcançará a felicidade. No entanto, ser rico não quer dizer ser feliz.

Qual é o papel do dinheiro na vida das pessoas? No âmbito de qualquer sociedade, as pessoas ricas são vistas como mais felizes do que as pessoas pobres. Mas temos observado que ao longo desses últimos anos a renda de muitas pessoas tem crescido, mas a felicidade não tem acompanhado esse crescimento.

Então, o que está acontecendo? Será que o significado da palavra felicidade tem mudado ao longo do tempo? Pois o que temos observado é que o nível de stress e depressão na população tem aumentado.

Por que isso acontece? A evidência que temos é que as pessoas comparam seus rendimentos com alguma regra imposta, mas não dita, pela sociedade e que essa regra aumenta o tempo inteiro e, como resultado, temos cada vez mais pessoas sempre sem tempo e estressadas para conseguir chegar ao que elas chamam de topo.

A nova casa, o novo carro, acaba não tendo mais valor a partir do momento que existem lançamentos, ou quando o amigo comprou o último modelo, o vizinho adquiriu um modelo mais caro. Suas conquistas começam a perder a graça.

Vamos dar um exemplo: para um homem de classe inferior provar o amor dele por uma mulher, é só lhe dar uma rosa, porém uma pessoa rica tem que dar uma dúzia de rosas.

Você percebe que as pessoas se autossabotam. Todas têm um sonho, mas quando o alcançam, voltam os olhos para algumas outras pessoas que conseguiram um pouco mais que elas e se sentem frustradas, recomeçando a corrida por um novo sonho e assim por diante. Com isso, acabam não tendo muito tempo para comemorar suas conquistas, pelas quais tanto batalhou, sentindo-se infeliz novamente.

Lamentavelmente, não sabemos definir com precisão que sentimento é esse por estarmos vinculados ao material e esquecermos do lado espiritual.

http://clubevidamoderna.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=166%3Ao-que-e-felicidade&catid=188%3Aparticipe&Itemid=359

Texto 03

"A felicidade não cura, mas a felicidade protege das doenças", afirma um estudo que será publicado no próximo mês e onde os cientistas holandeses concluem que ser feliz pode assegurar a longevidade.

O professor Ruut Veenhoven, da Universidade Erasmo de Rotterdã, afirma que, para viver melhor, ser feliz é tão eficaz quanto deixar de fumar, já que a felicidade pode ajudar a aumentar entre 7,5 e 10 anos o tempo de vida.

Este estudo, realizado a partir de 30 relatórios de diferentes países, se soma a outras pesquisas, especialmente econômicas, que tentam compreender o que nos faz felizes e por que as riquezas materiais não levam à ambicionada felicidade. Cria-se assim um novo campo na pesquisas que alguns economistas chamam de "hedônico".

"Isso permite aos economistas pensar no conceito de 'vida' em termos mais complexos. É hora de acabar com a pergunta 'o que você comprou?' e começar a perguntar 'você vive bem?'", explicou Bill McKibben, em um livro publicado em 2007, "Deep Economy: The Wealth of Communities and the Durable Future".

Segundo esta corrente de economistas, a partir de um poder aquisitivo de 10.000 dólares anuais, a contribuição em termos de "quantidade de felicidade" das condições materiais cresce muito menos. A felicidade se nutre então de outras circunstâncias como a amizade, pertencer a uma comunidade, a liberdade, a democracia ou as instituições equitativas e eficazes.

No estudo de Ruut Veenhoven, publicado no "Journal of Happiness Studies", uma revista multidisciplinar que existe desde 2000, o pesquisador pergunta se o bom humor tem um impacto sobre a expectativa de vida. O resultado tem seus matizes. No geral, "a felicidade não retarda a hora da morte nos doentes, mas protege as pessoas que têm boa saúde das doenças".

Dessa forma, indiretamente, um estado de ânimo feliz aumenta os anos de vida.

A razão não está clara, mas uma coisa é certa: as pessoas felizes têm tendência a vigiar seu peso e os sintomas das doenças, a fumar menos e beber menos álcool.

Normalmente são pessoas mais dinâmicas, mais abertas ao mundo, confiantes e com mais relações sociais.

"Um estado de tristeza crônica cria uma reação do tipo 'combate ou fuga' ("fight or flight"), e este tipo de reação é conhecida por gerar, a longo prazo, efeitos negativos como tensão arterial alta e baixas defensas imunológicas", explica.

As pesquisas sobre a felicidade são muito reduzidas: existem atualmente muito poucos estudos sobre o impacto do meio profissional, as condições de moradia ou escolaridade.

Também não existe um sistema "de conselhamento ou assistência para conseguir uma vida melhor", como destaca Veenhoven, que conclui: "É uma surpreendente falta de mercado dado o número de pessoas que sentem que poderiam ser mais felizes do que são".

http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/2008-08-14-79588.shtml

A partir da interpretação, da relação entre os textos e o seu conhecimento de mundo e da organização de suas ideias, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

SER CAPAZ E SER FELIZ DEPENDE DE CADA UM DE NÓS. O QUE PODEMOS FAZER?

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Proposta 01

Proposta 01


Texto 01

Comida

Titãs

Bebida é água!

Comida é pasto!

Você tem sede de que?

Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida

A gente quer comida

Diversão e arte

A gente não quer só comida

A gente quer saída

Para qualquer parte...

A gente não quer só comida

A gente quer bebida

Diversão, balé

A gente não quer só comida

A gente quer a vida

Como a vida quer...

Bebida é água!

Comida é pasto!

Você tem sede de que?

Você tem fome de que?...

A gente não quer só comer

A gente quer comer

E quer fazer amor

A gente não quer só comer

A gente quer prazer

Prá aliviar a dor...

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer dinheiro

E felicidade

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer inteiro

E não pela metade...

Bebida é água!


Comida é pasto!

Você tem sede de que?

Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida

A gente quer comida

Diversão e arte

A gente não quer só comida

A gente quer saída

Para qualquer parte...

A gente não quer só comida

A gente quer bebida

Diversão, balé

A gente não quer só comida

A gente quer a vida

Como a vida quer...

A gente não quer só comer

A gente quer comer

E quer fazer amor

A gente não quer só comer

A gente quer prazer

Prá aliviar a dor...

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer dinheiro

E felicidade

A gente não quer

Só dinheiro

A gente quer inteiro

E não pela metade...

Diversão e arte

Para qualquer parte

Diversão, balé

Como a vida quer

Desejo, necessidade, vontade

Necessidade, desejo, eh!

Necessidade, vontade, eh!

Necessidade...


Texto 02

FOME

Não foi na Sorbonne nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o fenômeno da fome. A fome se revelou espontaneamente aos meus olhos nos mangues do Capibaribe, nos bairros miseráveis do Recife - Afogados, Pina, Santo Amaro, Ilha do Leite. Esta foi a minha Sorbonne. A lama dos mangues de Recife, fervilhando de caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejo, pensando e sentindo como caranguejo.

E foi assim que, pelas histórias dos homens e pelo roteiro do rio, fiquei sabendo que a fome não era um produto exclusivo dos mangues. Que os mangues apenas atraíram os homens famintos do Nordeste: os da zona da seca e os da zona da cana. Todos atraídos por esta terra de promissão, vindo se aninhar naquele ninho de lama, construído pelos dois e onde brota o maravilhoso ciclo do caranguejo. E quando cresci e saí pelo mundo afora, vendo outras paisagens, apercebi-me com nova surpresa que o que eu pensava ser um fenômeno local era um drama universal. Que a paisagem humana dos mangues se reproduzia no mundo inteiro. Que aqueles personagens da lama do Recife eram idênticos aos personagens de inúmeras outras áreas do mundo assolados pela fome. Que aquela lama humana do Recife, que eu conhecera na infância, continua sujando até hoje toda a paisagem de nosso planeta como negros borrões de miséria: as negras manchas demográficas da geografia da fome.

(texto adaptado) Disponível em: www.josuedecastro.com.br

Texto 03

O BICHO

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira

Texto 04

Fome de Saber

Do mundo quero conhecer o universo.

Não me atenho a um único momento

Tenho fome de conhecimento

Anseio pelo futuro,

Mas vivo um dia de cada vez no presente,

Pois estudo o passado.

Anéis de Saturno,

Gelo em Marte,

Monolito para hominídeos,

Relatividade tempo-espaço

Impérios, Sociedades, Civilizações

Cultura, música, cinema, teatro…

Livros… Ah, os livros…

Companheiros de todas as horas,

Desde a compreensão das primeiras letras.

Os números nunca foram lá muito meus amigos,

Mas eu sei que os três ângulos internos

De um triângulo somam 180º

E o quadrado dos catetos é conclusão em quadrada hipotenusa.

Agradeço, em ato genuflexo, a meus ancestrais pela forma

Como ando sobre as patas traseiras.

Tenho a mais importante ferramenta, o polegar opositor.

Falo uma das mais, senão, a mais melodiosa das línguas que a humanidade já inventou.

É a minha pátria a língua portuguesa; porém, Brasileira.

Quero aprender mais

Conhecer

Apreender

Saber

Enfim, pensar e ser.

Só sei que nada sei…

http://recantodaspalavras.com.br/2008/09/14/fome-de-saber/

Tema

A partir da interpretação, da relação entre os textos e o seu conhecimento de mundo e da organização de suas ideias, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

Em pleno século XXI, temos fome de quê? Como saciar essa fome?